sexta-feira, 27 de junho de 2014

'Chikungunya', e malária em Campinas

Demandas "importadas" na área da saúde de Campinas (SP) causaram atraso na contagem dos casos de dengue registrados na cidade e, consequentemente, a divulgação de balanço atualizado da situação da maior epidemia da doença registrada no município. Responsável pelo relatório, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), informou que a notificação de outras doenças nas últimas duas semanas foram colocadas como prioritárias. O acompanhamento de um nigeriano diagnosticado com malária e a capacitação da rede para o vírus Chikungunya, uma espécie semelhante ao vírus da dengue.

As vítimas são um homem de 66 anos, morador na região sul, que faleceu em 16 de abril, e uma mulher de 37 anos, residente na região sudoeste, morta em 3 de maio. O número de óbitos pela doença este ano já chega a cinco em Campinas. Outras seis mortes ainda seguem em investigação. A Prefeitura também informou que, em 2014, já foram registrados 36.350 casos de dengue, a maior epidemia na cidade. O balanço atualizado deve ser divulgado na próxima semana.

Em junho, o Ministério da Defesa informou que seis militares voltaram da missão de paz no Haiti poderiam ter contraído o Chikungunya. Segundo o órgão, dos 12 casos suspeitos, seis se confirmaram, dois foram descartados e os demais ainda estão sendo investigados. De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde de Campinas, Brigina Kemp, o município foi notificado sobre dois casos importados e iniciou trabalho de identificação de áreas de risco e controle de vetores no entorno do batalhão onde eles permaneceram após o retorno ao Brasil.

Já na quinta-feira (26), um paciente da Nigéria foi diagnosticado com malária, segundo a Prefeitura. Campinas é subsede da seleção africana na Copa do Mundo e, de acordo o epidemiologista do Devisa André Ribas Freitas, o homem de 34 anos viajou para acompanhar o Mundial. O paciente foi internado em um hospital particular e até o início da noite seguia na unidade médica com o quadro de saúde estável.

A doença foi diagnosticada por meio de exames laboratoriais. Segundo Freitas, a doença não é transmitida de uma pessoa para outra, mas pelo mosquito Anopheles, que não é encontrado na cidade. "É um mosquito que não existe em meio urbano no Brasil", explica o epidemiologista. De acordo com ele, não há risco de transmissão da doença para outras pessoas.  Inicialmente, a suspeita era de que o estrangeiro pudesse ter contraído dengue na cidade. A Prefeitura informou que acompanha o caso por meio do Devisa e que hospital e paciente foram orientados.

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