segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Combinação que não dá certo: calor, chuva e água parada



Calor, chuva, água parada. Cenário ideal para as larvas do mosquito transmissor da dengue se proliferarem e as cidades terem novamente de conviver com epidemia da doença. Só no ano passado, a dengue atingiu cerca de 208 mil pessoas no estado de São Paulo e as prefeituras já se preparam para este ano.

Até mesmo municípios que não registraram quantidade expressiva de casos no ano passado (veja tabela ao lado) estão em alerta. É o caso, por exemplo, de São Bernardo. A cidade teve 236 casos de dengue no ano passado e colocou no começo deste ano 1,1 mil agentes nas ruas.

Estudo feito pelo Ministério da Saúde no final de 2013 colocou em alerta mais de 600 cidades. Foi levada em conta a incidência de focos do mosquito Aedes aegypti. Bauru e Rio Preto são exemplos de cidades que estão na lista de risco. No ano passado, Bauru registrou a maior epidemia da doença da história, com mais de 7 mil casos. Rio Preto foi a cidade que teve maior número de casos em todo o Estado. Superou 18 mil e o município registrou nove mortes. A prefeitura da cidade gasta R$ 16 milhões para recolher 450 toneladas por dia de entulhos que podem virar foco de dengue.

Com cerca de 7 mil casos também no ano passado, Campinas está em alerta. No começo do ano passado, o município recorreu até à ajuda do Exército para combater criadouros.

Fora da lista de risco oficial, Jundiaí lançou no final de 2013 campanha de alerta. Já Sorocaba está em alerta máximo também. A cidade teve, de 2012 para 2013 impressionante aumento de 2.780 %. Pulou de 25 casos para 720. A previsão é de novo aumento neste ano. De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação é que ao sentir sintomas de dengue, como dor nas articulações, a pessoa deve buscar ajuda médica. E é crucial combater focos dentro de casa.

O motivo de temor de prefeituras sobre epidemia de dengue é em função do tipo de vírus da doença que circula no Estado, e também em todo país. A dengue é classificada em quatro tipo de vírus. Uma pessoa que pega o vírus tipo 1, por exemplo, só vai pegar a doença de novo, se pegar outro tipo de vírus. Dessa forma, apesar de boa parte de moradores estarem “imunes” a um tipo de vírus, ficam vulneráveis a outros.

A dengue hemorrágica é  grave. Com ela surgem manchas vermelhas na pele e sangramentos, como na gengiva. Ainda há situação mais grave de “choque da dengue”, caracterizada por queda abrupta na pressão, palidez e até alterações neurológicas, que podem ser delírio, sonolência e casos de coma.

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