O acúmulo de lixo ainda é um dos maiores fatores
que contribuem para proliferação do mosquito transmissor da dengue. Em 2013, Santarém,
no oeste do Pará, teve 863 casos confirmados da doença. Nesse período, com a
chegada das chuvas na região, o risco fica ainda maior devido ao grande número
de lixo jogado em lugares impróprios.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de
Saúde Pública do Pará (SESPA), neste ano foram notificados 16.868 casos de
dengue em todo o Estado, e Santarém ficou entre os municípios com maior índice
de confirmação da doença.
O lixo depositado pela população em lugares
inapropriados e a falta de coleta regular em alguns bairros tornam a luta
contra a dengue um desafio maior para os agentes de endemias. “Temos que nos
preocuparmos principalmente com o problema do lixo que é sério, os terrenos
baldios que é outro gargalo muito grande”, alertou o coordenador da Divisão de
Vigilância Sanitária (Divisa), João Alberto Coelho.
O motorista Alvair Tadeu preocupa-se com a chegada
da chuva e os riscos de contaminação com o mosquito da dengue. “Está chegando a
chuva, e isso é um risco para nós que moramos aqui, a proliferação da dengue se
torna perigosa. Antigamente, o pessoal colocava um caixote para ser depositado
o lixo, agora pode ver que nem isso tem mais, foi tirado o caixote a agora o
lixo está sendo jogado a céu aberto prejudicando muitas pessoas”, reclama.
Em alguns bairros, os moradores precisam pagar para
os carroceiros retirarem o lixo da frente das casas, mas o problema é que
muitas vezes eles jogam o lixo em terrenos abandonados que acabam virando
criadouros para o mosquito da dengue.
“Estamos dando continuidade a ação do governo de
combate a dengue. No momento, estamos com uma turma reduzida, pois foram
dividas em grupos. Essa semana, um deles está de recesso e na sequência o outro
entra, mas os serviços continuam até porque esse programa de combate a dengue não
pode parar, principalmente agora com a chegada da chuva. De todos os programas
da Divisa, o de combate a dengue é o mais preocupante”, conclui João Alberto.
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