A medida de infestação do Aedes aegypti a
partir do LIRAa pode ser considerada um marcador entomológico
eficaz para definir áreas de maior abundância desse vetor do dengue, de forma a
nortear intervenções e direcionar as ações de controle? Com base nesse
questionamento, Mário Sérgio Ribeiro, assessor técnico da Subsecretaria de
Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, desenvolveu sua dissertação na ENSP. O
trabalho, apresentado ao mestrado profissional em Vigilância em Saúde na Região
Leste do Rio de Janeiro, constatou que as ovitrampas apresentaram elevada
sensibilidade para detectar a presença do Aedes aegypti em
todos os bairros nos dois municípios avaliados (Itaboraí e Guapimirim), quando
comparadas ao método LIRAa.
Análise comparativa entre as metodologias de
monitoramento da infestação do Aedes aegypti, associadas à
transmissão de dengue nos municípios de Itaboraí e Guapimirim, Rio de Janeiro,
é o título da dissertação, orientada pelas pesquisadoras Nildimar Honório, do
Laboratório de Transmissores de Hematozoários, do Instituto Oswaldo Cruz, e
Cláudia Codeço, do Programa de Computação Científica da Fiocruz. A pesquisa foi
realizada no âmbito do Plano de Monitoramento Epidemiológico da Área de
Influência do Comperj, desenvolvido pela ENSP.
Atualmente, existe ampla discussão quanto à
eficiência e eficácia da vigilância entomológica do Aedes aegypti no
Brasil e em outros países endêmicos para dengue. Nesse sentido, é necessária a
busca de processos e metodologias que visem à detecção e determinação da
distribuição do vetor em áreas urbanas de forma ágil e que subsidiem o rumo das
ações a serem desencadeadas em âmbito federal, estadual e municipal.
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