Antes de pegar a estrada para repetir a
cerimônia anual de pular as sete ondinhas, costuma-se cumprir outro ritual:
fechar todas as portas da casa, suspender a assinatura do jornal, garantir a
comida do cachorro, ligar o alarme, deixar os vizinhos avisados – uma série de
cuidados para evitar que a residência seja invadida por ladrões. Mas muitos
esquecem de se proteger contra outro visitante indesejado: o mosquito da
dengue. Como verão é época de chuvas mais frequentes, descuidar-se pode ser
abrir a casa para o Aedes aegypti.
“Uma medida importante é ficar atento a focos
de vazamento dentro de casa. Nós eliminamos as pequenas poças no dia a dia, mas
em uma semana ela pode se tornar um espaço propício para o mosquito”, afirma o coordenador
de vigilância ambiental da Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcus Ferreira.
Os focos podem ser lugares mais inusitados,
como um vaso sanitário – caso seja deixado por muito tempo com a tampa
levantada. Além disso, evite deixar objetos côncavos em lugares descobertos: se
chover, eles podem acumular água.
“Se você tem plantas, em vez de encharcar o
vaso, encha uma garrafa PET com água, vire de cabeça para baixo e a coloque na
terra. Assim, a planta vai sugar aos poucos apenas o que considerar necessário,
evitando poças no local”, recomenda Ferreira.
Ele ainda sugere atenção às calhas, que devem
ser limpas antes de viajar, para retirar as folhas. “Debaixo da pia é comum que
ocorram vazamentos junto do sifão, então o ideal é não deixar nada debaixo dela,
para prevenir acúmulos de água. O mosquito da dengue é bastante oportunista, e
seus ovos podem eclodir em até sete dias. Então é preciso sempre estar atento.”
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