Soldados do Exército reforçarão as ações de combate
à dengue em Foz do Iguaçu,
no oeste do Paraná.
Cerca de 50 militares do 34ª Batalhão de Infantaria Mecanizado e 15 viaturas
darão apoio às equipes de agentes de saúde a partir de segunda-feira (2). Parte
do efetivo se concentrará no Portal da Foz, uma das regiões com maior
incidência de infestação do mosquito Aedes aegypti. Os militares
iniciaram o treinamento para a atuação na quinta-feira (29) e estão sendo
orientados por técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
No total, 340 agentes de saúde do município serão
divididos em 13 regiões da cidade e cada setor terá a supervisão de três
militares. A previsão é que sejam feitas de 120 a 810 visitas por dia,
dependendo do número de agentes. Durante as visitas e às vistorias, os
moradores serão orientados sobre como prevenir a doença e eliminar os
criadouros do mosquito transmissor. O comitê de combate à dengue prevê que em
duas semanas toda a cidade seja mapeada e os locais de risco identificados.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, de
janeiro a agosto são 5.595 notificações e 2.932 casos de dengue confirmados,
com duas mortes. A expectativa, diz a enfermeira Mara Cristina Ripoli Meira, é
evitar que a doença fique fora de controle e uma nova epidemia atinja a cidade
como em 2010, quando foram registrados 8.715 casos positivos. Outra preocupação
é quanto ao vírus do tipo 4, que até então não havia sido registrado na região.
O município aponta número insuficiente de agentes
de endemia, índice de cobertura de visitas aos domicílios abaixo dos 80%
recomendados e a adoção de medidas não preconizadas pelo Programa Nacional de
Combate à Dengue, como o uso indiscriminado de inseticidas. Em 2011, a
prefeitura distribuiu 80 mil frascos de veneno e orientou a população a
passá-lo em casa no mesmo horário durante uma semana.
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