A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, ontem,
mais 97 casos de dengue em Bauru, que já totaliza 999 registros da doença
somente neste ano. Mas os pacientes que apresentam os sintomas e deixam de
realizar o exame são responsáveis por um alto índice de subnotificações,
estimado em cerca de 50% do montante confirmado.
Sendo assim, para cada dois casos contabilizados,
ao menos um não seria registrado. Se tivessem sido, a quantidade de doentes
poderia chegar a 1.500. As subnotificações ocorrem, em sua maioria, porque o
exame só pode ser feito no sexto dia de manifestação de febre, quando há
anticorpos suficientes no organismo para apontar a existência da doença.
Antes desse período, a probabilidade de resultados
falsos negativos é alta. Sendo assim, o paciente que procura as unidades de
saúde é orientado a retornar dias depois, o que nem sempre ocorre, conforme
explica o diretor do Departamento de Urgência e Emergência (DUE) da Secretaria
Municipal de Saúde, Luiz Antônio Bertozo Sabbag.
“Esse paciente é medicado e, seis dias depois do
primeiro dia de febre, pode ser que seu quadro já tenha melhorado. Às vezes,
ele não quer faltar ao trabalho e não volta mais ao pronto-socorro. E fica por
isso mesmo”, comenta.
Sabbag explica que, antes do exame para dengue, o
paciente é submetido a exame de sangue se apresentar, além de febre alta, ao
menos dois sintomas da doença, que são dor de cabeça, fraqueza, dores
musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira. “O
resultado do hemograma fica pronto em 12 horas. Se houver diminuição de
leucócitos e plaquetas, há um quadro sugestivo para dengue, mas não a
confirmação da doença”, frisa.
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