Com 1.707 casos confirmados de dengue e vivendo uma epidemia, Leme (SP) investe em conscientização nas escolas
para evitar o avanço da doença na cidade. Uma situação que não reflete apenas
um problema de saúde pública, mas uma questão de cidadania. “O investimento em
educação é essencial. Se der tudo para a população, mas não der educação, ela
vai continuar doente”, afirmou o coordenador do curso de medicina da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bernardino Souto.
Os alunos de uma escola municipal de Leme
saíram às ruas para conscientizar a vizinhança na luta contra a doença tropical
que se propaga mais rápido, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em outra
escola, as aulas sobre a dengue agora fazem parte da grade curricular fixa até
o final do ano.
Apesar de tanta informação, a doença não deu trégua
na escola. “A gente tem 42 funcionários e 11 já estiveram com dengue e, no
momento, tenho quatro professores que não vieram trabalhar porque estão com
sintomas”, comentou a vice-diretora, Adriana da Silva Costa. “Agora alunos já
perdemos a conta de quantos são”, disse.
Os professores que não ficaram doentes insistem no
assunto. “A escola nesse momento não pode ficar de fora, tem que participar
acompanhar e desenvolver ações no combate ao mosquito da dengue”, afirmou a
professora Elcka Scherma.
“Do lado do cidadão, falta às pessoas fazerem a
parte que lhes cabe, porque se o estado fizer tudo, ainda vai ser insuficiente
para combater a dengue”, completou Souto.
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