terça-feira, 26 de março de 2013

Aedes aegypti: Risco de epidemia continua



No Ceará, a quadra chuvosa já começou e, apesar de tudo indicar que teremos precipitações abaixo da média prevista para o período é preciso estar atento. O coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonsêca, alerta que as chuvas intermitentes que ocorrem em todo o Estado facilitam a proliferação do mosquito, que gosta de umidade e de calor.

Por causa do ambiente favorável, o gestor da Sesa afirma que alguns municípios correm o risco de sofrer nova epidemia de dengue. O risco, no entanto, é menor, uma vez que o Estado já vem de duas epidemias seguidas. Em 2011, quando predominou a dengue tipo 1, e em 2012, com predominância do tipo 4.

Conforme o último Boletim da Dengue, divulgado no dia 22 pela Sesa, 1.112 casos da doença foram confirmados só neste ano, em 59 municípios. O destaque é para Fortaleza e Tauá, com 337 e 275 do total de casos confirmados, respectivamente. Outras cidades que preocupam são Quixadá, Juazeiro do Norte, Pacajus e Itatira, que possuem alto índice de infestação.

Nélio Morais, coordenador de Vigilância Sanitária e Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressalta que, no ano passado, Fortaleza teve a maior epidemia de dengue de sua história e choveu abaixo da média. Além do fator climático, a questão educacional também contribui fortemente para a proliferação do Aedes aegypti.

Conforme o coordenador, mais de 80% dos focos identificados em Fortaleza encontra-se no interior dos imóveis. O acúmulo de água em recipientes, seja por descuido ou descaso, como vasilhame jogado no quintal, casca de ovo aberta, garrafas e pneus com água parada contribuem de forma bastante significativa para agravar a situação. Somado a isso têm os quatro sorotipos da doença que circulam no Estado e uma população suscetível, formando um conjunto de extrema vulnerabilidade para as ocorrências de casos e das epidemias.

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