Exames realizados pela Secretária
de Saúde do Paraná comprovaram a primeira ocorrência de dengue tipo quatro
autóctones, ou seja, contraído dentro do estado. O caso ocorreu em Paranavaí, no noroeste. O paciente
foi medicado e passa bem. Outra pessoa, residente em Maringá, também foi
diagnosticada, porém, nesta situação, a contaminação ocorreu fora do estado.
A dengue possui quatro variedades DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 e, partir de agora, todas têm circulação do Paraná. Inclusive, segundo o governo estadual, os municípios de Peabiru, São Carlos do Ivaí, Japurá e Fênix já vivem situação de epidemia.
Nesta segunda-feira (14), o
coordenador da sala de situação da dengue da Secretaria de Saúde, Ronaldo
Trevisan, destacou que com a circulação da DENV-4 o universo de pessoas que
podem ser infectadas aumenta. Cada uma pode ser contaminada apenas uma vez por
cada tipo de vírus e, como até agora não havia casos do tipo quatro, todos
estão sujeitos. “Todos nós podemos pegar. A possibilidade de epidemia será
maior”, afirmou.
Trevisan explicou que
clinicamente os quatro tipos de dengue são iguais, sendo impossível identificar
apenas por meio dos sintomas. A diferença é que quem já contraiu qualquer outra
variação a dengue, quando é picado pelo mosquito que carrega o vírus DENV-4,
tem mais risco de desenvolver um quadro mais complicado da doença, como a febre
hemorrágica.
As orientações das autoridades de
saúde, em relação à prevenção da doença, permanecem e, na avaliação de
Trevisan, devem ser seguidas mais severamente com a presença do DENV-4. “A
participação da população, agora, torna-se fundamental”, disse. É preciso,
lembrou Trevisan, ficar atento ao Índice de Infestação predial dos municípios
que aponta a quantidade de locais onde há reprodução do mosquito. Ele lembra
que é importante acabar não só com os criadouros – locais com água e larvar –
mas também com os depósitos que são estruturas com potencial para virarem
criadouros.
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