domingo, 27 de janeiro de 2013

Barreira química contra dengue em Campo Grande

Com o avanço da dengue em Campo Grande (MS), moradores enfrentam como podem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Agora, vizinhos que resistem aos apelos para limparem quintais são apontados como problemas de saúde pública.

Neste domingo (27), uma empresa de controle de pragas realizou gratuitamente barreiras químicas para os vizinhos da primeira pessoa que morreu vítima da epidemia deste ano, no bairro Silvia Regina.

Segundo os moradores da região, um vizinho com 77 anos de idade mantém o quintal cheio de entulhos e criadouros para insetos.

O idoso não atenderia aos apelos para permitir a limpeza, segundo Willian Dias, de 23 anos de idade, que decidiu procurar ajuda do poder público, mas garante não ter obtido resposta.

No local, a reportagem confirmou a existência do terreno com grande acúmulo de entulhos e mais de 15 cachorros, mas o proprietário não foi encontrado para falar.
Willian tem duas crianças pequenas e conta que uma irmã dele já está com diagnóstico de dengue confirmado. Como mora próximo da casa na qual viveu a primeira vítima da dengue da capital neste ano, uma mulher de 45 anos de idade, que morreu neste mês, ele disse que ficou preocupado.

A capital de Mato Grosso do Sul enfrenta mais uma epidemia de dengue e o prefeito recém-eleito, Alcides Bernal, já decretou estado de emergência por causa da doença. Somente em janeiro de 2013 são 13.425 casos notificados. Em relação ao mesmo período dos anos anteriores, é o mês em que mais casos foram notificados nos últimos sete anos.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, em janeiro de 2007 foram registrados mais casos de dengue na capital, 12.192. Naquele ano, foram 43.663 notificações, a maior dos últimos anos na cidade. Em 2006, foram apenas 182 casos.

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