As notificações de dengue em Tabatinga, até o momento, já chegam a 728. Ao todo, 253 deram positivo, um número que representa o aumento de 100% dos casos positivos registrados no ano passado.
Para conter o avanço da doença, agentes de saúde intensificaram as ações de prevenção nas ruas e becos com o maior número de casos notificados. A maior dificuldade dos agentes de saúde tem sido convencer os moradores a manterem limpas suas casas, evitando assim novos criadores domésticos do mosquito Aedes Aegypti.
O gerente de endemias do município, Jânio Ramires, afirmou que não adianta somente matar o mosquito adulto. "Para a gente tentar resolver este problema existem vários fatores, inclusive saneamento, limpeza e adesão da população. Se a população não aderir à educação e saúde de prevenção, a gente não vai conseguir somente matando o mosquito adulto", explicou.
Uma adolescente de 16 anos morreu com dengue hemorrágica em Tabatinga, no dia 18 de dezembro, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). A paciente chegou a dar entrada no Hospital Militar do município, mas não resistiu. O óbito recebeu confirmação sorológica, no entanto, foi classificado pela FVS como um caso isolado. Conforme dados do Ministério da Saúde, o Amazonas apresentou a redução de 96% dos casos da doença em relação ao ano passado.
Apesar do dado positivo, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira são as cidades amazonenses que mais preocupam as autoridades de saúde do Estado. Por serem cidades de fronteira com Colômbia e Venezuela, os municípios brasileiros sofrem influência de cidades como Letícia, no território colombiano, que apresenta alta infestação de dengue hemorrágica.
Dengue é fácil combater, só não pode esquecer.
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