No município de Jequitaí, no Norte de Minas Gerais, foram notificados 179 casos, sendo que somente em dezembro foram registrados 156. Na cidade de seis bairros, os que tem maior incidência da doença são, Alto Varginha, Novo Horizonte e Centro.
Segundo a secretaria municipal de Saúde, não houveram óbitos decorrentes da doença e nem casos de dengue hemorrágica. A situação vivenciada atualmente pelo município, de pouco mais de 8 mil habitantes, está ocorrendo pela segunda vez. Em 2010 foram contabilizados 205 casos de dengue.
No hospital da cidade, o movimento aumentou 50%, sendo que cerca de 30 atendimentos são realizados em pessoas que apresentam os sintomas da dengue.
No último levantamento do índice, realizado pela prefeitura, apenas o Centro apresentou o percentual de 1,8%, que já é considerado preocupante - o Ministério da Saúde aponta até 1% como índice tolerável. O número é obtido através de amostragem e a cada cinco casas, uma é visitada. Nos 650 imóveis visitados, quatro residências apresentaram focos do mosquito Aedes aegypti. A prefeitura dispões de quatro agentes de saúde para combater a dengue e cada um deles visita mensalmente cerca de mil imóveis.
Lucilene Silva Mota foi a primeira moradora de Jequitaí a ter dengue neste ano. Ela ficou por uma semana sem conseguir se levantar da cama.
"Depois de ter a dengue pela segunda vez, agora meu cuidado foi redobrado. Fico no quintal olhando se há alguma tampinha, saco plástico, recipiente que possa acumular água, faço isso até mesmo na minha rua", diz a professora.
Segundo o coordenador municipal de Endemias, Edinaldo Gilberto, a quantidade de casos causou espanto, porque o levantamento não aponta uma infestação com potencial para um número tão expressivo como está sendo verificado. Ele diz ainda que alguns dos casos podem ter sido provenientes de outras cidades, devido ao trânsito intenso de pessoas.
"Quando detectamos os primeiros casos de dengue, tomamos algumas medidas como bloqueio da doença nas ruas e bairros, com tratamento de larvicida e inseticida, que são os mais recomendados."
Ele afirma também que a população precisa colaborar com os trabalhos. "Em muitos domicílios divulgamos o jeito correto de proceder, para que não haja proliferação da doença, mas em muitos casos os moradores ignoram as orientações."
Outra vítima da dengue em Jequitaí é Jairo Luiz, de 72 anos. É a primeira vez que ele têm a doença, e na casa dele a neta também teve dengue.
"No dia 25 de dezembro passei mal, com muita dor no corpo, mas no dia seguinte fiquei pior, estive no hospital, tomei soro e fui embora. Nesta noite não dormi, tive febre alta, tontura e voltei novamente ao hospital", conta o aposentado.
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