De janeiro a novembro deste ano, foram confirmados 3.774 casos de dengue em todo o país, contra 10.507 no mesmo período de 2011. Mas um Levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde indica que 77 municípios brasileiros estão em situação de risco para a dengue, incluindo uma capital, Porto Velho (RO).
Nessas áreas, onde vivem mais de 5,7 milhões de pessoas, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Por outro lado, foi constatado que os casos graves de doença caíram 64%.
Além disso, 375 cidades estão em situação de alerta para a dengue (índice de infestação entre 1% e 3,9%), enquanto 787 registraram índices considerados satisfatórios (menores que 1%). A pesquisa foi realizada em 1.239 municípios brasileiros. No ano passado, 800 prefeituras haviam participado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), feito pelo governo desde 2003.
No Nordeste, mais de 70% das larvas do mosquito se concentram em reservatórios de água. No Sudeste, mais da metade dos focos (59,2%) estão em depósitos domiciliares. No Sul e no Centro-Oeste, o problema maior é o lixo, enquanto no Norte há uma situação de equilíbrio entre o armazenamento de água e o lixo.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que, em dezembro, o verão começa oficialmente no País e que o período é considerado predominante para a circulação do vírus da dengue. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou que o LIRAa funciona como uma espécie de fotografia de momento e que a circulação da dengue deve aumentar em alguns municípios. ''Teremos mais chuvas, o que é um ambiente mais provável para infestação do mosquito. Certamente teremos municípios com situação de epidemia'', alertou.
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