Embora o
Ceará venha registrando queda significativa nos casos de dengue, desde o mês de
junho, os números ainda são motivo de preocupação para a população. Do início
do ano até agora, conforme dados do último boletim epidemiológico apresentado,
ontem, pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), a quantidade de
registros chega ao total de 48.088, o que equivale à segunda maior epidemia da
doença no Estado, desde o surgimento da sua transmissão, no ano de 1986.
Com o registro de 56.714 casos, o ano de 2011,
até agora, foi o período com a maior incidência da doença, superando a grande
epidemia de 1994, quando ocorreram 47.789 casos de dengue no Estado. Ainda
conforme os números do levantamento, o surgimento de um novo sorotipo da
enfermidade acaba sendo diretamente responsável pelo aumento do número de
casos.
Após o surgimento do tipo 3, por exemplo, em 2002, a incidência passou de 16.465 casos registrados em um ano, para 23.796 no ano seguinte. Com o surgimento do sorotipo 4, no ano passado, teme-se que os números de 2012 superem os de 2011, passando a ser a maior epidemia registrada desde 1986.
O secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, explica que esse acréscimo após a descoberta de um novo tipo da doença é natural e acontece em virtude das pessoas não estarem imunes a ela, deixando-as mais suscetíveis à infestação. "Quem teve os soros anteriores não vai ter mais, fica sujeito apenas ao novo tipo. Mas, neste ano, a maior incidência foi do tipo 1, e não demonstrou muita agressividade".
Ainda conforme o secretário, 70% dos casos diagnosticados estão dentro das próprias casas, sendo nesse ambiente onde deve ser feito a maior mobilização.
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