Piraquara é exemplo para os municípios da
região quando o assunto é dengue. A cidade, mesmo tendo alto índice de chuvas,
não possui focos do mosquito Aedes
aegypti, transmissor da dengue. No município nunca houve foco do mosquito,
e os únicos casos registrados, três em 2011, foram do tipo “importados”, quando
a pessoa já vem infectada de outro município. Piraquara tem uma situação de
alto risco, já que faz fronteira com municípios que apresentam focos
confirmados da doença, e que podem acabar ocasionando um surto na cidade.
O biólogo da Secretaria de Saúde - Divisão de
Saneamento e Vigilância Sanitária, Leonardo Santos, explica a complexidade do
combate à doença. “Se o município apresentar focos do mosquito, ele pode virar
um portador da doença apenas ao picar uma pessoa infectada, que pode ser
moradora ou apenas visitante da cidade.
Desta maneira é que acontecem as epidemias,
com focos de mosquitos, basta uma pessoa infectada para que se desencadeie uma
epidemia. O controle da epidemia só tem eficácia quando se usa inseticidas. No
caso de Piraquara, o controle seria praticamente impossível, já que a região de
mananciais poderia sofrer contaminação pelo uso deste tipo de produto”,
explicou Leonardo.
Por este motivo é que o trabalho de combate é
muito importante, no sentido de não haver nenhum foco de mosquito, e isolando
possíveis casos de pessoas que já vêm doentes de outros locais. Os casos
identificados em 2011 passaram pelo processo de bloqueio, onde é feita a
verificação de todas as casas, num determinado raio de distância da moradia da
pessoa infectada. Já o trabalho de prevenção é feito apenas para a
conscientização dos moradores.
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