Depois de
ter superado em mais de 200% os registros do ano passado, a transmissão de
dengue começa a cair em Pernambuco. Segundo avaliação da Secretaria Estadual de
Saúde, nas duas últimas semanas o número de casos teve uma redução de 58,52%. A
queda já era esperada nessa época, uma vez que a doença voltou a gerar surtos a
partir de novembro do ano passado, mas está longe de significar alívio. "São
quatro vírus circulando no Estado, basta a população de mosquitos aumentar um
pouco e mais pessoas vão adoecer“, alerta Claudenice Pontes, coordenadora
estadual do programa da dengue.
O governo vai preparar cerca de três mil carteiros, em três polos (Recife, Caruaru e Petrolina), explica a coordenadora estadual do programa da dengue. A preocupação é com todo o Estado, já que se trata de uma doença distribuída em todo o território. A vigilância epidemiológica isolou o quarto vírus, o com maior poder de adoecimento porque entrou em circulação recentemente, em 27 municípios das quatro regiões: Grande Recife, Mata, Agreste e Sertão.
Além disso,
os outros três vírus, que entraram no Estado desde a década de 90, permanecem
em transmissão, ameaçando principalmente as crianças. O DENV-1 foi detectado
este ano em Afogados da Ingazeira, Águas Belas, Alagoinha, Jaboatão dos
Guararapes e Petrolândia. Em Jaboatão, também foram isolados os vírus 2 e 3. O
terceiro tipo ainda circula no Recife e em Joaquim Nabuco.
Este ano, há um complicador, que são as eleições municipais. O envolvimento com campanhas e a troca de prefeitos podem favorecer desmobilização de ações contra a dengue. A vantagem quanto a isso, segundo Claudenice, é que a maioria dos municípios efetivou seus agentes de endemias e comunitários de saúde, não podendo demiti-los por questões políticas.
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