Faz tempo que o inverno amazônico não traz apenas o
aumento das chuvas. Os primeiros meses do ano carregam consigo amargas
estatísticas. São doenças silenciosas que aguardam apenas um sinal para
invadir, não apenas municípios do interior, como também os grandes centros
urbanos. É o caso da dengue, que nesta época do ano fica na lista das
preocupações de boa parte dos paraenses.
Apesar dos números oficiais apontarem para uma
diminuição da ocorrência da doença no Estado -boletim epidemiológico divulgado
pela Secretaria Estadual de Saúde apontou uma redução de 46% dos casos da
doença no Pará, o Ministério da Saúde chegou a anunciar, em fevereiro passado,
o risco de surto da doença em pelo menos cinco municípios paraenses (Altamira,
Igarapé Miri, Itaituba, Tucuruí e Parauapebas foram listadas entre as 10
cidades brasileiras com maior registro da doença na época).
Nesta entrevista, o integrante do comitê da
Organização Mundial de Saúde (OMS) para dengue e chefe Seção de Arbovirologia e
Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (IEC), pesquisador Pedro
Vasconcelos, fala da experiência com a doença, traça caminhos para o futuro e é
enfático: “Se cada um cuidar do seu quintal, se o governo garantir o
abastecimento de água e as prefeituras a coleta do lixo, o problema da dengue
se resolve”.
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