Especialistas da Sociedade de Cardiologia do
Estado do Rio de Janeiro chamaram a atenção para o aumento do risco da doença
em pessoas com doenças cardiovasculares. Segundo eles, esses pacientes podem
ter o quadro agravado, principalmente em relação à queda da pressão arterial e
síndrome do choque. A maior preocupação é com pessoas que já fazem uso de anticoagulantes
e antiagregantes, medicamentos que evitam a formação de coágulos nas artérias,
por tornarem o sangue “mais fino”.
Como o vírus da dengue ataca as plaquetas,
que são responsáveis pela coagulação sanguínea, e o uso desses medicamentos
também reduz a quantidade dessas células, existe um risco aumentado de
hemorragias, como explicou o médico Wolney Martins.
Somente um especialista pode determinar como
será o tratamento de cada paciente. Na grande maioria dos casos, o benefício
trazido pelos antiagregantes e anticoagulantes é superior ao risco de
sangramento e, dessa forma, mantém-se a utilização desses medicamentos durante
a dengue.
Nas situações quando o risco de sangramento
ultrapassa o benefício que o medicamento traz, é preciso recorrer à suspensão
temporária, com retorno após a recuperação da dengue.
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