quinta-feira, 1 de março de 2012

Técnico afirma que falta de educação ambiental compromete trabalho contra dengue


A falta de conscientização ambiental tem sido um entrave na luta contra a dengue no Brasil. Essa é a opinião do gerente de Vigilância Sanitária de Campina Grande, Jorge Molina, que proferiu palestra nesta quarta-feira aos alunos do curso técnico de Vigilância em Saúde, com duração de dois anos, que acontece no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde, em Patos.

Sobre esse problema diz que ainda persistem na sociedade péssimos hábitos, como a não separação do lixo, seu depósito em qualquer lugar e surgidos também alguns processos industriais que agravam esse problema. Citou o uso excessivo de materiais descartáveis, como copos, garrafas que, caso não passem por um processo de reciclagem, acabam indo parar no meio ambiente, se tornando elementos de risco, servindo para acúmulo de água.

“Nossa população não está devidamente conscientizada, até porque muitas vezes o próprio município não oferece condições adequadas de coleta de lixo, campanhas educativas, nem locais apropriados para deposição final para os resíduos. Ou seja, apenas transfere o problema de um lugar para outro. É preciso um trabalho educativo mais forte para mudar essa realidade”, enfatizou Molina.

A ideia é trabalhar a escola, cujos alunos se tornam multiplicadores de conhecimentos, levando as informações para o seio familiar, contribuindo para a quebra de paradigmas de como encarar a dengue. “Todo processo de mudança que venha a acontecer no município, obrigatoriamente tem que passar pela escola se você pretende que ela seja definitiva e abrangente. Através da escola se consegue mudar a forma de pensar de toda uma geração e atingir todo o núcleo familiar daquela criança”, disse Molina.

Para Molina o crescimento da dengue decorre da falta educação, sobretudo da educação ambiental, sendo necessária a mudança de atitude da população, com a escola, os órgãos públicos, empresas privadas, imprensa, responsáveis pela conscientização dos habitantes. Ele cita exemplos, como a questão do lixo depositado em locais inadequados, o qual se torna um dos fatores que contribuem para o aumento da doença.

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