No primeiro bimestre deste ano, a Região Norte
apresentou redução nos casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano
passado. De 1º de janeiro a 3 de março, foram registrados 15.407 casos da
doença em toda a região, contra 63.979 na mesma época de 2011 – uma queda de
76%. Atualmente, a incidência da doença é de 97,1 casos por 100 mil habitantes.
Neste mesmo período do ano passado, a região registrava uma incidência de 403,3
casos. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (8), durante reunião de
avaliação do Programa Nacional de Controle da Dengue na Região Norte, em Belém
(PA).
No estado do Pará foram registrados 5.611 casos de
dengue nos primeiros dois meses deste ano. A incidência é de 74 casos por 100
mil habitantes. No mesmo período do ano passado, foram 8.894, com incidência de
117,3 por 100 mil habitantes – uma diminuição de 37%. Já no estado de Tocantins
houve um aumento nos casos de dengue, que dobraram, passando de 5.999 no ano
passado contra 2.204 no mesmo período deste ano. A incidência, até o momento, é
a maior do país, com 433,6 por 100 mil habitantes, sendo que, em 2011,
ficou em 159,3.
Entre os municípios com população maior que 100 mil
habitantes, Palmas apresenta a maior incidência da doença, com 2.383 notificações
(incidência de 1.263,2 casos por 100 mil habitantes). No ano passado e nesta
mesma época, foram registrados 610 casos na capital tocantinense, com
incidência de 323,4. Em Rio Branco, apesar da diminuição dos casos da doença
com relação a 2011, ainda há significativo registro de dengue na capital do
Acre: são 1.375 casos, com incidência de 187,4. Em 2011, foram 13.634 casos,
com incidência de 1.858,6.
O coordenador nacional do Programa Nacional
de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, ressaltou a importância de
manutenção das ações de mobilização nos próximos meses, já que, devido a
questões climáticas, a notificação de casos de dengue pode aumentar. “Embora em
todo o país esteja ocorrendo redução nos casos da doença e uma diminuição nas
formas graves e nos óbitos, ainda temos um período de risco que pode resultar
em ocorrência de epidemia. Portanto, é fundamental que as medidas de combate à
dengue e a organização da rede de assistência no Sistema Único de Saúde sejam
mantidas pelos estados e os municípios”, observou Coelho.
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