A dengue é uma doença cada vez mais associada
a hábitos das pessoas. Os cuidados preventivos da população, de um lado, e a
ação mobilizadora das equipes, de outro, são os fatores principais que
determinam maior ou menor incidência da doença. Na prática, quando a dengue
explode a culpa é compartilhada. Moradores são responsabilizados por descuidos
na limpeza, enquanto as lideranças locais têm de se explicar por que não
fizeram a lição de casa. A equação da eficiência é a soma dos cuidados
domésticos com a intervenção do poder público.
Em 2012, o quadro começa surpreendentemente
diferente em relação aos últimos anos, quando a dengue eclodiu de forma
assustadora no Estado, especialmente na Baixada Santista, Ribeirão Preto e
regiões com temperaturas mais altas.
Na guerra contra o mosquito Aedes aegypti,
este começo de ano apresenta estatísticas tão favoráveis à saúde pública que
mesmo técnicos mais experientes confessam-se surpresos e desconfiam de que
possa haver uma reversão a qualquer momento. Por isso, decidiram dar um sinal
de alerta para que a situação cômoda atual não favoreça a volta da doença em
proporções epidêmicas.
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