domingo, 29 de janeiro de 2012

Dengue: período de tempo instável requer maior cuidado

A alternância de chuvas e períodos de sol intenso aliada às temperaturas elevadas propiciam a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Diante dessa variação climática observada no mês de janeiro na Cidade, a Secretaria de Saúde do Recife chama a atenção dos moradores para a necessidade de intensificar os cuidados que evitam a formação de possíveis criadouros do inseto.

Uma das principais iniciativas é não deixar acumular água limpa parada e descoberta, seja em reservatórios específicos para esta finalidade, a exemplo de tonéis, ou ‘involuntários’ – como calhas, pneus e entre o lixo mal-acondicionado. Segundo o gerente do Programa de Saúde Ambiental do Recife, Otoniel Barros, o acúmulo do líquido é o principal vilão do combate à dengue. “É preciso verificar onde se pode juntar água de alguma forma, com destaque para dentro dos domicílios, onde estão 85% dos focos do mosquito. Desde uma tampinha de refrigerante até uma inofensiva casca de ovo pode servir como criadouro em potencial”, comentou.

Importante é verificar ralos e bandejas de evaporação em geladeiras e bebedouros como gelágua, que podem criar condições ideais para a reprodução do mosquito. “Atenção redobrada também às lajes e calhas, que devem estar sempre limpas, sem nenhum objeto. Às vezes, folhas de árvore caem no local e interrompem a passagem da água, que, em período de chuva, acaba entupida e favorece o surgimento de focos de dengue”, explicou.

Barros ressaltou ainda que, a ‘mistura’ de chuva, sol e temperatura elevada reduz o ciclo de vida do Aedes aegypti. “Ele diminui de 30 para até 12 dias, fazendo com que haja duas gerações do mosquito em apenas um mês. Cada inseto coloca uma média de 450 ovos, que podem eclodir mesmo que fiquem sem contato com água por um período estimado de até 14 meses. E se a fêmea estiver contaminada, os descendentes já nascerão assim”, detalhou.

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