No Brasil há relatos de prováveis epidemias de dengue no início deste século. Em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói. Entretanto, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em Boa Vista, Roraima, em 1982.
Em 1986, o dengue reapareceu de forma epidêmica em 3 estados (Rio de Janeiro, Ceará e Alagoas), sendo que a maior epidemia ocorreu no Rio de Janeiro, atingindo mais de um milhão de pessoas. Neste ano e nos anos seguintes (até 1989) o sorotipo Den 1 foi o responsável por epidemias e/ou surtos da doença nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Alagoas, Bahia e Pernambuco.
A cada ano a doença vem se repetindo no Brasil, onde o maior número de casos se concentra no período de chuvas, que é a época em que as condições ambientais são propícias para o desenvolvimento e proliferação do mosquito vetor. A partir de 1994, as epidemias têm apresentado maior vulto, espalhando-se para todas as regiões geográficas.
Os primeiros casos de dengue hemorrágico apareceram no Rio de Janeiro em 1990, com a introdução de um novo sorotipo, o Den 2. Com a disseminação desse sorotipo para outras regiões do país, infectando pessoas que já haviam contraído a doença anteriormente, foram surgindo casos de dengue hemorrágico em outros estados (Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro). Assim, no período de 1990 a 1998 (dados provisórios), foram confirmados 718 casos que levaram 27 pessoas à morte.
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