Um pescador faz o que pode para se manter livre da dengue. “Tem mosquito, mas ele não desova, porque é água é salgada, diz Rogério dos Santos, pescador.
Uma pesquisadora da Sucem – Superintendência de Controle de Endemias explica o que para muita gente é novidade. “A água da chuva vem e dilui o sal, e com um pouquinho só de sal ele consegue se criar”.
Durante um ano e dois meses, os pesquisadores percorreram casas, estabelecimentos comerciais, marinas e barcos parados nas praias de São Sebastião.
Eles confirmaram que o mosquito da dengue consegue depositar os ovos em água salobra, que é a água do mar misturada com água doce. Um litro de água do mar tem 33 gramas de sal. As larvas do mosquito foram encontradas em água com salinidade entre 9 e 14 gramas para um litro.
A pesquisa mostra que o mosquito da dengue se adaptou. Hoje ele não se reproduz apenas na água limpa e parada, se reproduz também em água com concentração de sal e resíduos químicos.
Um pneu encontrado na beira da praia tinha água misturada com óleo e dezenas de larvas do mosquito. “Nós encontramos larvas em resíduo de óleo, gasolina, cal, tinta”, declara Marylene de Brito Arduino, pesquisadora da Sucen-SP.
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