O aumento dos casos de dengue no Rio Grande do Norte e a situação emergencial pelo alto índice de infestação na capital transformaram o plenário da Assembléia Legislativa num fórum de discussão sobre os avanços da doença no estado.
A deputada estadual Márcia Maia, propositora da audiência pública, abriu o debate ressaltando o nível alarmante que a doença alcançou no estado com os números da Secretaria Estadual de Saúde apontando um aumento de sete vezes o número de registros em relação aos primeiros meses do ano passado.
Domício Arruda, secretário estadual de Saúde, reconheceu a falta de leitos nos hospitais de referências, mas destacou a necessidade de que o tratamento da doença em suas fases primárias possa ser feito nos postos de saúde nos bairros, especialmente em Natal.
Mas o discurso mais incisivo veio do presidente da Sociedade de Infectologia, Ênio Lacerda. Segundo ele, o descompromisso dos gestores, secretários municipais com as ações preventivas é um dos principais motivos para o crescimento da doença no estado. O infectologista criticou ainda a carga horária reduzida e o déficit dos agentes de saúde.
“Como não conseguimos combater uma doença que sabemos como trata? Sabemos qual é o agente e como prevenir. Não sou um cavaleiro do apocalipse, mas vocês vão ver os hospitais cheios com a chegada da dengue tipo quatro em breve”, alertou Lacerda sobre o novo tipo da doença que já chegou ao Brasil.
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