Ele mesmo achava praticamente impossível, mas sentiu na pele o poder destrutivo da dengue. O comerciante ambulante Josinaldo Salviano, de 44 anos, enfrentou uma temperatura corporal equivalente à idade, devido à doença. “Com 44 graus, lá no Hospital dos Pescadores, eu já comecei a delirar, não sabia nem onde estava”, aponta.
Internado no Hospital Giselda Trigueiro, desde terça-feira, o comerciante diz que começou a sentir os sintomas no dia 16. “Fui ao médico, no Hospital dos Pescadores, onde me deram uma injeção e depois mandaram eu voltar para casa, para ir acompanhando a evolução, já que era uma suspeita”, recorda. Exames realizados diariamente revelaram o agravamento do quadro e a internação foi inevitável.
“Tive 44 graus de febre um dia, 42 no outro, além de vômitos e dores de cabeça”, lista. No meio desta semana, quando imaginava que já estava próximo da liberação, o paciente “cuspiu sangue”, o que exigiu o aumento dos cuidados e a ampliação do prazo de tratamento. “Já tomei uns 100 litros de soro. Ia sair (ter alta) na sexta-feira, mas agora, devido ao sangue, só lá para segunda ou terça.”
Mesmo fora do hospital, Josinaldo Salviano ainda terá de passar de cinco a dez dias de repouso, longe do instrumento de trabalho, um carrinho de lanches que agora vem sendo administrado pela esposa e os filhos. “Precisa o governo ver esses terrenos baldios. Lá em Ponta Negra tem um monte. Gente que fecha o terreno, vai embora e só volta cinco anos depois. Era para a Prefeitura notificar, mandar limpar e ter uma lei severa que punisse”, defende.
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