O pai das duas irmãs infectadas pelo vírus tipo 4 da dengue , em Niterói, Luiz Carlos Graça, criticou nesta quinta-feira o diagnóstico que Bárbara Brito, de 21 anos, e Caroline Graça, de 22, receberam no Hospital Santa Marta, em Niterói, onde foram atendidas na segunda-feira de carnaval e na quarta-feira de cinzas. As duas são moradores do bairro do Cafubá, em Niterói, que recebeu a visita de 15 agentes. Entre os onze focos encontrados, um foi na própria casa das jovens, já estão curadas da doença.
Na primeira vez em que as duas foram examinadas, foi diagnosticada a dengue, mas, na segunda visita, a médica afirmou que Bárbara tinha uma virose, e que Caroline apresentava infecção urinária. Um antibiótico chegou a ser receitado para a última.
Saí do hospital rindo. Sou dentista e discuti o caso com uma prima minha que é médica de família, e decidimos não dar os remédios receitados. Eu tinha uma pessoa de confiança a quem recorrer, mas e quem não tem? - questiona Luiz Carlos.
Um dado muito interessante é que esses dois casos foram identificados em pacientes atendidos onde eles efetivamente têm que ser atendidos, na rede de atenção básica. Eles foram atendidos pelos médicos de família da rede de atenção básica da prefeitura.
Carolina apresentou um caso mais grave de dengue e chegou a ser internada entre 11 e 13 de março no Hospital das Clínicas de Niterói, por complicações hepáticas e queda no número de plaquetas. Bárbara apresentou melhora já no dia 11, e não precisou de internação.
No bairro, outros moradores mostraram-se preocupados com a proximidade do sorotipo 4. Edilene Muti, de 43 anos, já recebeu a confirmação que a filha de 15 anos está com dengue.
Tem uma piscina abandonada e com água parada em frente à minha casa. Fico preocupada porque minha filha está com dengue e meu filho de 10 anos também já teve. Agora que descobri que minha vizinha teve o tipo 4 fico ainda mais nervosa.
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