domingo, 27 de março de 2011

Cuba faz guerra sem quartel contra o Aedes aegypti


HAVANA - Cuba declarou uma guerra sem quartel contra o Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, diante do ressurgimento dessa epidemia, que em sua variante hemorrágica resulta mortal e que neste ano afeta especialmente o Brasil, a Venezuela e várias nações da América Central e do Caribe. A campanha contra a proliferação do vetor intensificou-se em meados de janeiro, fundamentalmente em Havana, cidade de 2,2 milhões de habitantes e uma das mais ameaçadas pela doença, que começa com febre repentina e dores de cabeça.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), a dengue era considerada um problema de saúde pública da Ásia, mas não da América Latina, até que, em 1981, Cuba foi o cenário da primeira epidemia grave na região. As autoridades acusaram, na época, a Agência Central de Inteligência (CIA) pela introdução da epidemia, que afetou 334.201 pessoas e custou a vida de 158, incluindo 101 crianças.

Em dezembro último, e depois de vários meses de boatos, o presidente Fidel Castro reconheceu “alguns” casos de dengue, embora até o momento se careça de informação oficial completa. Fontes do Ministério de Saúde Pública indicaram que em novembro foram notificados cerca de 40 casos na província da Cidade de Havana.

O mosquito pode viver dentro das casas em todo tipo de recipiente com água limpa (onde deposita seus ovos), em lugares escuros e úmidos e nos quintais e jardins, o que torna imprescindível a cooperação da comunidade para conseguir seu controle e, depois, sua erradicação. “Em cada casa, bairro, centro de estudo ou trabalho, devemos neutralizar um inimigo hostil”, disse Liset Alvarez Ledesma, professora da escola de trabalhadores sociais de Havana.

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