domingo, 13 de março de 2011

Biografia de Osvaldo Cruz


Osvaldo Cruz, médico, higienista e cientista, nasceu em São Luís de Paraitinga, SP, em 5 de agosto de 1872, Foi eleito para a Cadeira n. 5, sucedendo a Raimundo Correia, em 11 de maio de 1912, sendo recebido em 26 de junho de 1913, pelo acadêmico Afrânio Peixoto. 

Era o único filho homem de um médico, dr. Bento Gonçalves Cruz, casado com a prima-irmã, d. Amélia Taborda Bulhões Cruz. Transferiu-se ainda criança, com o pai, para o Rio de Janeiro, onde fez todos os seus estudos, recebendo o grau de Doutor pela Faculdade de Medicina, em 1892, com 20 anos. Sua tese, A veiculação microbiana pela água, foi aprovada com distinção. 

Em 1893, casou-se com d. Emília Fonseca, de tradicional família fluminense, com quem teve seis filhos.

Trabalhou três anos no Instituto Pasteur, ao lado de Roux, Nihert, Metchnikoff e outros. De volta ao Rio de Janeiro em 1899, Osvaldo Cruz dirigia o laboratório da Policlínica quando foi chamado para estudar a peste que assolava o porto de Santos.

Diante da grave situação, as autoridades criaram o Instituto Butantã, em São Paulo, dirigido por Vital Brasil, e o Instituto Soroterápico Municipal, no Rio de Janeiro, que se instalou numa fazenda em Manguinhos e que depois se transformou no Instituto Osvaldo Cruz.

Era diretor do Instituto Soroterápico o Barão de Pedro Afonso, substituído em 1902 por Osvaldo Cruz. Entre seus auxiliares estavam Adolfo Lutz, Artur Neiva, Emílio Ribas e Carlos Chagas.

Em março de 1903, assumiu a direção do serviço da Saúde Pública do Rio de Janeiro, a convite do Presidente Rodrigues Alves. Teve que enfrentar terríveis resistências e obstáculos de toda sorte para que a missão fosse coroada de êxito, ao fim de três anos. 

Conseguiu que o governo tornasse obrigatória a vacina contra a varíola. Seu nome tornou-se conhecido no mundo inteiro.

Em 1908, reformou o Instituto Manguinhos, aparelhando-o com o que havia de mais moderno. Realizou estudos sanitários no Estado do Amazonas, e ele conseguiu, tanto ali como em Belém do Pará, melhorar as condições de higiene locais. Em 1912, procedeu ao saneamento do vale amazônico, ao lado do seu discípulo Carlos Chagas, já então cientista de renome.  

Faleceu aos 44 anos em Petrópolis, RJ, em 11 de fevereiro de 1917.

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