terça-feira, 31 de maio de 2016

Brasil e Colômbia criam sala de coordenação do combate ao Aedes aegypti

Dois municípios que estão localizados na região de fronteira entre Brasil e Colômbia ganharam mais um reforço no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, Chikungunya e vírus Zika. Tabatinga e Leticia terão Sala Binacional de Coordenação e Controle ao Aedes. A ação conjunta permitirá que os dois municípios compartilhem informações epidemiológicas e realizem estratégias comuns de enfrentamento ao mosquito. A Sala terá apoio técnico da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC).

A Sala Binacional iniciará os encontros a partir de junho e contará com três representantes de cada cidade. A Secretaria de Saúde do município de Tabatinga, município brasileiro, cedeu o espaço físico e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS - AM) doou os equipamentos como computadores, freezer e geladeira para estoque das amostras. Os encontros acontecerão em Tabatinga, sempre na última sexta-feira de cada mês.

O objetivo dos dois países é replicar ações exitosas de combate ao mosquito, como por exemplo, as Brigadas contra o Aedes, onde equipes vigilância em saúde treinam representantes da sociedade civil, estudantes, funcionários de empresas públicas e privadas, igrejas e associações comunitárias sobre o ciclo de vida do mosquito, especificidades dos criadouros da região e métodos de prevenção. “Os que são treinados replicam o que aprendem em suas instituições ou comunidades, tornando-se assim multiplicadores de boas práticas”, cita Bernardino Albuquerque, coordenador da Sala Estadual do Amazonas.

O incentivo à criação de unidades regionais e municipais tem sido uma meta perseguida pela Sala Nacional de Combate e Controle, criada no final do ano passado. Marta Damasco, coordenadora nacional da Sala, afirma que o espaço de composição internacional reforçará as atividades já realizadas no lado brasileiro e ampliará a ação de combate. “Quanto mais pessoas envolvidas na luta contra o Aedes aegypti tivermos, mais completo e eficaz será o trabalho”, comemora a coordenadora.

O coordenador da Sala Estadual do Amazonas, Bernardino Albuquerque, ainda enfatiza que a cooperação onde a circulação de pessoas das duas nacionalidades é ação imprescindível para o combate ao mosquito nos dois países. ‘É impossível combater o vetor unilateralmente nesses dois locais onde há casas que possuem o quarto num país e a cozinha em outro. Temos que discutir ações integradas na região e esse local bilateral possibilitará uma maior integração entre os gestores’, ressalta.

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