O Ministério da Saúde confirmou
que existe relação entre o vírus Zika e os casos de microcefalia na Região
Nordeste do país. Segundo nota divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê
nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a
presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.
O resultado enviado pelo
Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério, “uma situação inédita
na pesquisa científica mundial”. O governo assegurou que vai dar continuidade
às investigações para descobrir quais as formas de transmissão, como o vírus
atua no organismo e qual período de maior vulnerabilidade para a gestante. “Em
análise inicial, o risco está associado aos três primeiros meses de gravidez”,
complementou.
O instituto de pesquisa notificou
o governo sobre outros dois óbitos relacionados ao vírus Zika. As análises
indicaram que o vírus pode ter contribuído para agravar estes casos. “Esta foi
a primeira ligação de morte relacionada ao vírus zika no mundo, o que demonstra
uma semelhança com a dengue”.
O primeiro caso confirmado foi o
de um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos
corticoides, no Maranhão, e o segundo é o de uma menina de 16 anos, no Pará,
que morreu no final de outubro, depois de relatar sintomas semelhantes ao de
dengue, como dor de cabeça e náuseas.
Diante dessa declaração, a
expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para combater o mosquito
transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, Zika e
chikungunya. “O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais
as ações e mobilização”, alertou o ministério.
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