O Pará já registrou 4.042 casos de dengue este ano.
No mesmo período de 2014, foram 2.704 ocorrências – o que representa um aumento
de quase 70%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (2)
pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA).
Dos 10 municípios paraenses com maior ocorrência da
dengue, Belém lidera no ranking com 1.106 casos confirmados, seguida por
Parauapebas (360), Altamira (252), Senador José Porfírio (184), Canaã dos
Carajás (128), Breves (113), Ananindeua (103), Marituba (84), Marabá (72) e
Santarém (32).
Cinco mortes por dengue foram confirmadas este ano:
duas na capital e outras três em Altamira, Irituia e Rurópolis. A SESPA orienta
que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a
ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.
Para a confirmação de óbitos é necessária a
investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito
do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios
credenciados do Estado, como Laboratório Central (LACEN) e Instituto Evandro
Chagas (IEC) – que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da
Dengue – para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
Segundo a SESPA, a execução de ações contra a
dengue é de competência dos municípios, que devem cumprir metas, entre as quais
a de disponibilizar agentes de controle de endemias para realizar visitas
domiciliares. Paralelamente, faz o monitoramento dos 144 municípios que
receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e
controle da dengue, e distribui às prefeituras inseticidas (larvicidas e
adulticidas) para o controle. A Secretaria também faz visitas técnicas aos
municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar
a capacitação sobre a febre chikungunya.
Quando há necessidade, também faz o controle
vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações
com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria
da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das
ações atividades de educação e mobilização, visando a participação da população
no controle da dengue.
O vírus da febre chikungunya também está
controlado, e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em
2015, 13 casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério
laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são
transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes
aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas
as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A
dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é
caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A
forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à
morte.
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