Depois de nove dias internado em uma UTI com dengue
hemorrágica, um bebê de apenas cinco meses superou os sintomas da doença e
voltou para casa, na Vila Embratel, em São Luís.
Segundo a mãe do bebê, foi muito difícil ver o
filho naquela situação. “Foi um sufoco no período em que ele ficou debilitado
porque, pela idade dele ele não sabia dizer onde doía, mas a gente (ela e o
pai) sofria junto com ele”, revelou Marilene Coelho, mãe do bebê João
Guilherme.
Ainda segundo a mãe foi muito difícil chegar ao
diagnóstico. O bebê passou por três hospitais da capital e quando descobriu a
doença foi quase tarde demais. João Guilherme apresentou derrame pulmonar,
complicações no fígado, febre alta e vômito.
Marilene Coelho disse ainda que ficou surpresa com
o fato de o filho ter sido picado pelo mosquito transmissor da doença. “Nunca
imaginei ter (o mosquito) dentro da minha casa. Meu marido e eu temos dois
filhos e a gente tem essa preocupação dentro de casa, no quintal. Não deixar
nenhuma vasilha com água, a vasilha com água do cachorro é trocada todos os
dias”, contou.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, no ano
passado foram notificados 958 casos de dengue, em São Luís. No começo deste
ano, o número de casos aumentou e em março o Ministério da Saúde informou que
São Luís estava entre as 18 capitais brasileiras que apresentaram índice de
alerta contra a dengue.
Só até julho deste ano, já foram notificados 1.583
casos da doença segundo o coordenador de vigilância sanitária do município,
Pedro Tavares. Ele informou ainda que o motivo para o aumento deve-se também às
fortes chuvas que caíram na capital. Com maior intensidade de chuvas, favoreceu
o crescimento e a proliferação do mosquito Aedes
aegypti.
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