A cidade de São Paulo registrou 563 casos de dengue
até a sexta semana de 2015, contra 214 casos no mesmo período de 2014. O
aumento foi de 163%. A Secretaria Municipal de Saúde apura se a morte de uma
mulher idosa em 28 de janeiro na Brasilândia, na Zona Norte, foi causada pela
doença. A região é a mais afetada pela dengue, segundo a Prefeitura.
Durante a divulgação dos dados na tarde desta
quinta-feira (26), o secretário adjunto de Saúde, Paulo Puccini, afirmou que o
crescimento do número de casos se deve ao calor intenso, que favorece a
reprodução do mosquito transmissor da dengue, combinado com o armazenamento
inadequado de água por causa da crise hídrica.
Puccini previu que o número de casos neste ano
fique entre duas vezes e meia a três vezes maior do que ocorreu no ano passado,
subindo de 28 mil para 90 mil. Ainda segundo o secretário adjunto, a piora no
quadro ainda está por vir porque o pico da doença normalmente ocorre na 16ª
semana do ano.
"90 mil é bastante grande, e uma taxa de
incidência elevada, mas não será certamente a das maiores do Brasil e nem de
São Paulo", afirmou o secretário municipal de saúde. No ano passado, o
Estado de São Paulo registrou 193.636 casos. Na capital, em 2014, foram
registrados 28.995 casos autóctones (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com
14 óbitos ao longo do ano.
Puccini acredita que talvez a preocupação com a
água tenha prejudicado a população de identificar que o calor é mais importante
que a água parada para reprodução do mosquito. "Nós vivemos uma situação
de temperatura muito elevada em que pequenas coleções de água criam criadouros
do mosquito. Isso talvez tenha baixado a guarda da população", afirmou.
Ele ressaltou que a Prefeitura destina mais
recursos no combate a dengue, com mais pessoal e apoio da Defesa Civil. A
recomendação é redobrar a atenção e evitar deixar água parada no quintal, em
baldes ou em vasos. A caixa d'água e os reservatórios também devem ficar
tampados.
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