A prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nesta terça-feira o panorama da dengue na cidade. Em 2011, dos 76.404 casos, 51 óbitos foram confirmados pela doença. O último registro foi no dia 1º de agosto. O serviço de atendimento registrou 15.221 chamados recebidos. Segundo o superintendente de vigilância em Saúde, Márcio Garcia, o risco de epidemia no ano de 2012 é preocupante.
"Baseado no estudo em casos de dengue nos últimos dez anos, a chance de existir uma epidemia é alta. O reaparecimento da dengue tipo 1 como predominante e a possibilidade de entrada do tipo 4, além de outros fatores climáticos, o Rio de Janeiro têm todo um potencial para isso. Todas as informações nos fazem ainda acreditar que teremos uma possibilidade de uma grande epidemia esse ano. Esperamos que a gente consiga pelo menos evitar óbitos e, na medida do possível, diminuir o número de casos." Estado de epidemia só é caracterizado quando, em um mês, são observados 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes.
A doença é transmitida pela picada do mosquito hospedeiro infectado, o Aedes aegypti. O vírus passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos.
A chamada dengue clássica cura-se naturalmente, quando o organismo livra-se do vírus através de anticorpos. A forma hemorrágica, no entanto, requer mais cuidados. Quando o paciente apresenta o quadro hemorrágico existe sangramento da gengiva, das narinas e de órgãos internos, o que ocasiona dores abdominais.
Não existe um tratamento específico para a dengue, mas apenas para os sintomas. Ou seja, antitérmicos auxiliam a controlar a febre e os analgésicos amenizam as dores musculares e de cabeça, por exemplo. Quando há suspeita da doença, todos os medicamentos que sejam feitos à base de ácido acetil salicílico têm de ser evitados.
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